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AJA TOMA!

A AJA convidou a TOMA, e num evento AJA/TOMA só coisas boas têm permissão para acontecer:

Assim sucedeu no passado dia 10, enquadrado nas comemorações deste eclético mês de Março, que é da Mulher, da Poesia e do Teatro, fomos desafiados a ir dizer poemas do Zeca, aceitámos o honroso convite da sua Associação, na sala da Casa da Cultura que tem o seu nome — Sala José Afonso!

As cadeiras disponíveis foram rapidamente ocupadas, pouco passava das 22:00h, remetendo os mais atrasados para o espaço contíguo, o salão Nobre.

Mais de 80 pessoas marcaram presença, um recorde absoluto naquele espaço.

O alinhamento, a selecção de poemas, enfim, todo o espectáculo foi pensado para criar uma experiência abrangente do espírito criativo do poeta, incidindo a escolha nas mulheres por ele cantadas.

Neste recital, houve poesia dita de encontro ao silêncio, houve poesia sentida, entrelaçada entre notas musicais, houve poesia cantada pela voz de um anjo, houve poesia metralhada pela voz da revolta, houve poesia encenada, com figurantes protagonistas do seu papel, enfim... Houve poesia.

Houve ainda uma humildade enorme, própria da grandeza dos simples, da genialidade dos puros — a participação especial da Maria Clementina, da Maria Simões e da Sónia Martins. Três mulheres de fibra, grandes Actrizes, profissionais de excelência, aceitaram fazer parte desta aventura, dando o que de melhor têm para oferecer: o seu amor e a sua arte, proporcionado aos estudantes da Oficina de Teatro um enriquecimento ímpar, pela sua presença, pelos conselhos que tiveram a amabilidade de propor. Obrigado às três!

Os aprendizes estiveram à altura dos acontecimentos, é fantástico assistir à evolução de todos, ao espírito de equipa e de união que se foi gerando ao longo deste ano de actividade. É assim que se aprende a andar, com passos curtos, seguros, cada vez mais confiantes, vamos no caminho certo, e todos na mesma direcção.

Uma palavra especial ao público presente. Um espectáculo vive também da disponibilidade do público, não apenas da sua qualidade, e o público daquela noite agarrou no que estava a ver com os olhos e foi dar uma volta pelas nuvens, pelas estrelas, seguindo o rumo dos acontecimentos num vago torpor de hipnose, vogando à deriva com as palavras, as notas, os gestos, num fio de atenção absoluta, aterrando apenas para devolver o sincero aplauso de quem apreciou verdadeiramente o que acabou de ver. Houve comunhão.

Outro agradecimento (isto parece os Óscares) aos três pirralhos aprendizes/teatreiros, provenientes do incrível Nível 1, que receberam o público, distribuíram Flyers, sorridentes e simpáticos. Tenho a certeza de que aquilo ficou a abarrotar também por culpa da sua extrema fofura.

O meu amor, como sempre, esteve incansável no apoio incondicional a todo o evento. Tem mil olhos e quatro mil braços e é capaz de resolver meia dúzia de problemas só com o seu sorriso. Amo-a tanto.

À Ana, à Lena, ao Tó Jó, a todo o pessoal da AJA e aos profissionais da Casa da Cultura, ao Valter, ao Nuno, ao Senhor Paulo, obrigado por tudo!

Havemos de nos reencontrar em breve!

 

10-03-2018

José Nobre

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